No SBT ninguém assumirá publicamente que já não tem mais esperanças em “Amor e Revolução”, mas nas conversas informais e em tom baixo já se dá como certo que a atual novela terminará com índices fracos, prejuízo e desgaste de um departamento que luta para provar que tem funções. A palavra fracasso é evitada, mas o sentimento está muito próximo ao significado deste termo.
A história criada por Tiago Santiago não agradou ao público da emissora que considerou o tema violento e de difícil compreensão. Ainda amarrado pelo esquema de produção do SBT (os capítulos são gravados com muita antecedência em relação ao que está no ar), o autor só conseguiu mexer em sua trama na última semana, depois de um longo período de fuga de telespectadores. Talvez tarde demais, apesar de Tiago afirmar que só encerrou o primeiro terço de sua novela. É por isso que Daniela Beyruti está sendo orientada por experientes profissionais de televisão que novela se grava no calor da emoção do público para que esta “temperatura” contamine autor, elenco, produtores e retorne ao telespectador, criando assim um movimento positivo na história que está no ar.
O fato é que Tiago Santiago terá que abandonar uma importante arma: a polêmica. Pesquisas levaram a alta cúpula da emissora a proibir um beijo entre dois homens, a exploração da história de um padre gay e sexo na sacristia da igreja. Agora, o autor promete apimentar sua novela, principalmente através do elenco mais jovem. Muitos romances devem acontecer e cenas ousadas podem entrar no ar desde que não abordem os temas considerados delicados e polêmicos.
“Amor e Revolução” traz algumas lições ao SBT e a Tiago Santiago. A primeira é que teledramaturgia se faz através do hábito e sem horário consolidado não há autor que faça milagre. A segunda é que novela se grava com o material no ar para o telespectador dar o seu palpite e a terceira é que temas polêmicos e tabus exigem muita habilidade da equipe envolvida em sua produção. Que todos aprendam as lições, caso contrário, jogarão fora um oportunidade com a adaptação de “Carrossel”.
Essas informações são do Jornalista Jose Armando Vannucci
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