SBT NOTÍCIAS|ELEIÇÕES 2010

Receita blinda suspeitos de violar sigilo de tucanos

Sindicância mostra que há casos de omissões das autoridades em interrogatórios

A análise das 450 páginas da sindicância da Receita Federal sobre a violação de sigilo do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, e de mais três pessoas ligadas ao comando do partido mostra que o órgão tem poupado os servidores suspeitos de envolvimento no caso.

O processo revela contradições entre o que disseram esses servidores e o que informam os documentos apresentados. Há também casos de omissões das autoridades nos interrogatórios sobre o acesso e a violação dos dados, ocorridos na delegacia da Receita Federal em Mauá, no ABC paulista. A Receita não contestou sequer a informação de que as senhas dos funcionários eram permutadas por causa "da grande demanda de requisições judiciais", apesar de os tucanos não terem base tributária em Mauá (SP) nem serem alvos, naquelas datas, de nenhuma ordem jurídica de quebra de sigilo.

Dilma diz que acusações sobre quebra
de sigilo mostram “desespero” de Serra

Petista afirmou que tucanos não têm provas e criam factóides contra sua campanha

- É uma acusação sistemática que ele [Serra] tem feito e que somente prova o desespero. Não é possível que se utilize de um expediente, sem prova, para fazer factoides e afetar a minha campanha.

A petista afirmou que as acusações tucanas são uma “calúnia” contra sua campanha. Hoje, Serra voltou a responsabilizar os petistas pelo vazamento de dados fiscais de quatro integrantes do seu partido. Além do sigilo do vice-presidente tucano, Eduardo Jorge, uma investigação da Receita Federal revela que dados de outras três pessoas ligadas ao partido também foram acessadas sem motivo aparente.

Alckmin mantém 54% e venceria no
1º turno em São Paulo, aponta pesquisa

Candidato petista sobe quatro pontos, para 20% das intenções de voto

A diferença entre os dois principais candidatos ao governo de São Paulo caiu para 34 pontos percentuais, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (27). Geraldo Alckmin (PSDB) manteve-se com 54% das intenções de voto, contra 20% de Aloizio Mercadante (PT), que subiu quatro pontos em relação à pesquisa anterior. Este é o primeiro levantamento feito desde o início da propaganda eleitoral no rádio e na televisão.

Na sequência, aparece o candidato Celso Russomanno (PP), com 7% da preferência do eleitorado - quatro pontos percentuais a menos em relação à sondagem anterior. Paulo Skaf (PSB) ganhou um ponto e tem 3%. Fabio Feldmann (PV), Paulo Bufalo (PSOl) e Mancha (PSTU) têm 1% das intenções de voto, cada um. Os demais candidatos foram citados, mas não atingiram 1% da preferência.

Ainda segundo o levantamento, 8% dos entrevistados declararam que estão indecisos e 6% disseram que irão votar nulo ou em branco.

Na simulação de eventual segundo turno, Alckmin alcançaria 62%, e Mercadante, 29%. No levantamento anterior (de 9 a 12 de agosto), o tucano aparecia com 65%, e o petista, com 25%.

A última pesquisa de intenção de voto no Estado foi divulgada pelo Datafolha no dia 13 de agosto, antes do começo do horário eleitoral gratuito. Na sondagem, Alckmin tinha 54% das intenções de voto, 38 pontos à frente de Mercadante, que aparecia com 16%.